sábado, 7 de maio de 2016



história do povo cigano ou rom é ainda hoje objeto de controvérsia. Existem várias razões que explicam a obscuridade que envolve a esse assunto. Em primeiro lugar, a cultura cigana é fundamentalmente ágrafa e despreocupada por sua história, de maneira que não foram conservados por escrito sua procedência. Sua história foi estudada sempre pelos não ciganos, com frequência através de um cariz fortemente etnocentrista. Os primeiros movimentos migratórios datam do século X, de sorte que muita informação se perdeu, se é que alguma vez existiu. É importante assinalar também que os primeiros grupos de ciganos chegados a Europa ocidental fantasiavam acerca de suas origens, atribuindo-se uma procedência misteriosa e lendária, em parte como estratégia de proteção frente a uma população em que eram minoria, em parte como posta em cena de seus espetáculos e atividades.Outro problema que se deve ter em conta é que a inserção (ou não) na comunidade cigana é uma questão disputada. Não existe uma delimitação clara dentro da própria comunidade (nem fora) acerca de quem é cigano e quem não o é.O termo cigano e a questão de sua origem geográficaOrigens lendáriasPrimeiro movimento migratório do século X História Dialetos.
  • Posha, dos ciganos armênios da Anatólia do Leste, nômades que se fixaram em Van, na Turquia; são chamados pelos curdos de Mytryp ("assentados").
Estudo dos dialetosO termo em português "cigano" (assim como o espanhol gitano e em inglês gypsy) é uma corruptela de egípcio, aplicado a esse povo pela crença errônea de que seriam provenientes do Egito. No século XVIII, o estudo da língua romani, própria dos ciganos, confirmou que se tratava de uma língua indo-ariana, muito similar ao panjabi o ao hindiocidental. Isso demonstrou que a origem do povo rom está no noroeste do Subcontinente Indiano, na zona em que atualmente fica a fronteira entre os estados modernos deÍndia e Paquistão. Esse descobrimento lingüístico acabou sendo também respaldado por estudos genéticos. É provável que os ciganos originaram-se de uma casta inferior do noroeste da Índia, que, por causas desconhecidas foi obrigada a abandonar o país no primeiro milênio d.C.A procedência dos roma foi objeto de todo tipo de fantasias. Foram considerados descendentes de Caim, ou relacionados com a estirpe de Cam. Algumas tradições os identificam com magos caldeus da Síria, ou com uma tribo de Israel fugida do Egito faraônico. Uma antiga lenda balcânica os faz forjadores (ou ladrões) dos pregos da cruz deCristo, motivo pelo qual teriam sido condenados a errar pelo mundo, se bem que não há qualquer evidência que situe aos ciganos no Oriente Médio nessa época.Os estudos genéticos e lingüísticos parecem confirmar que os roma são originários do subcontinente Indiano, possivelmente da região do Punjab. A causa da sua diásporacontinua sendo um mistério. Algumas teorias sugerem que foram originalmente indivíduos pertencentes a uma casta inferior da sociedade indiana recrutados e enviados a lutar ao oeste contra a invasão muçulmana. Ou talvez os próprios muçulmanos conquistaram os roma, escravizando-os e trazendo-os para o oeste, onde formaram uma comunidade separada.Esta última hipótese baseia-se no relato de Mahmud de Ghazni, que informa sobre 50 mil prisioneiros indianos durante a invasão turco-persa do Sindh e do Punjab. Por que os roma escolheram viajar para o oeste em vez de regressar para a India é outro mistério, se bem que a explicação pode ser o serviço militar sob o domínio muçulmano.O que é aceito pela maioria dos investigadores é que os ciganos poderiam abandonar a Índia em torno do ano 1000, e atravessar o que agora é o AfeganistãoIrãArmênia eTurquia. Vários povos similares aos ciganos vivem hoje em dia na Índia, aparentemente originários do estado desértico de Rajastão, e à sua vez, povoações ciganas reconhecidas como tais pelos próprios roma vivem, todavia, no Irã, com o nome de lúrios.Partiram em direção à Pérsia onde se dividiram em dois ramos: o primeiro, que tomou rumo oeste, atingiu a Europa através da Grécia; o segundo partiu para o sul, chegando àSíriaEgito e Palestina. No século XII, os ciganos enfrentaram o avanço dos muçulmanos, que tentaram impor sua religião na Índia[carece de fontes], e lutaram contra osSarracenos por muitos séculos, inclusive durante a Idade Média.Apesar de que as provas documentais começam a ser fiáveis só a partir do século XIV, alguns autores contemporâneos rebaixaram a data do ano 1000 e inclusive antes. Certas referências sugerem que as primeiras referências escritas da existência do povo rom são anteriores: um texto que relata como Santa Atanásia de Egina repartiu comida em Trácia a uns "estrangeiros chamados atsinagi" (do grego Ατσίνγανος') durante a escassez do século IX, em plena época bizantina.Inclusive antes, nos primórdios do mesmo século, no ano 803, Teófanes o Confessor escreve que o imperador Nicéforo I, o Logóteta usa mão de obra de certos atsigani, que com a sua magia, ajudariam-no a conter uma revolta popular."Atsinganoi" foi um termo usado também para referir-se a adivinhadores ambulantes e ventríloquos e feiticeiros que visitaram ao imperador Constantino em 1054. Um texto hagiográfico ("Vida de São Jorge anacoreta") refere como os "atsigani" foram chamados por Constantino IX Monômaco para ajudá-lo a limpar as fragas de feras. Mais tarde, seriam descritos como feiticeiros e malfeitores e acusados de intentar envenenar o galgo favorito do imperador. A extensão desse termo geraria os modernos substantivostziganeZigeunerzingari e zíngaros.Um relato histórico-lendário do século X titulado Crônica Persa, de Hazma de Ispaham, menciona a certos músicos solicitados ao rei da Índia, aos que chamou zott. O Livro dos Reis (ou Shahnameh, datado de 1010), do poeta Ferdusi conta uma história similar: vários milhares de ZottRom ou Dom ("homens") partiriam do atual Sindh (pode ser do rioIndo) com objetivo de entreter o rei da Pérsia com os seus espetáculos.A partir daí, depois de uma longa estância nessa região, e já descritos como um povo que rejeitava viver da agricultura, espalhar-se-iam em dois grupos migratórios: o primeiro, que tomou rumo oeste, atingiu a Europa através da Grécia; o segundo partiu para o sul, chegando à SíriaEgito e Palestina.romani ou români (rromani ćhib) é o idioma dos Rom e dos Sintos, povos nômades geralmente conhecidos pela designação deciganos. Pertence ao ramo indo-ariano proveniente do grupo linguístico indo-europeu. Não deve ser confundido com o romeno e oromanche, que são línguas latinas.O romani não é língua oficial em nenhum país, exceto no Kosovo, e possui "status oficial de minorias" na SuéciaFinlândia e Romênia.Há diversas tentativas de se criar uma língua romani padrão a partir de variantes com as da Romênia, Estados Unidos, Suécia, Eslováquia e de outros locais onde há muitos rom. O romani também pode ser considerado como um grupo de dialetos ou mesmo de línguas relacionadas que têm uma origem comum.É relacionado de forma bem próxima com idiomas da Índia central e do norte, em especial com a língua pothohari. Essas semelhanças permitem supor a origem dos povos Rom e Sintos, e as palavras que foram aderindo ao romani permitem traçar o caminho da migração desses povos para a Europa.Eles vieram do norte da Índia e do atual Paquistão, sendo o romani classificado entre as línguas indo-arianas, assim como o hindi ocidental, o bhili, o guzerate, o khandeshi, orajastani e outras.O romani, o punjabi e o pothohari compartilham algumas palavras e características gramaticais. Estudo de 2003 na revista Nature sugere que o romani também se relacione com o sinhala do Sri Lanka.Ainda se discute se a palavra "Sintos" teria origem comum com o nome da região Sind, do sul do Paquistão e oeste da Índia (Rajastão e Guzerate), no baixo rio Indo, ou se seria uma palavra romani de origem europeia.Na sua estrutura gramatical, o romani mantém as características mais antigas das línguas indo-arianas: marcadores de concordância de pessoa no presente; finaisconsonantais no caso nominativo. Essas duas características desapareceram ao longo do tempo nas demais língua modernas da Índia central. Tem as mesmas inovadoras marcas de concordância de pessoa no passado das línguas kashmiri e shina, o que confirma a teoria de que o romani seria originário da Índia central, tendo migrado pelo Noroeste.Outras características do romani: Fusão das pós-posições nas raízes numa segunda camada (clíticas marcadoras de caso); emergência morfológica no tempo “externo” pela anexação de sufixos de pessoa. Essas características são similares às da língua domari, o que também implicaria numa relação mais próxima entre os dois idiomas.Não há registros escritos de períodos mais antigos da língua romani. No livro épico do poeta persa Firdausi, o Shahnameh, escrito no século XI é contada a história de 10 ou 12 mil músicos Desi que foram dados no século V pelo rei Shankal de Kanauj (em Sind) ao rei Bahram Gur, da Pérsia, que são considerados por alguns estudiosos como os ancestrais dos Rom.Pesquisas feitas no século XIX por Pott e por Miklosich mostraram que isso não era verdadeiro, pois, segundo eles o romani seria uma língua indo-ariana nova, e não uma língua indo-ariana medial, o que combinaria com a história de Firdausi. O principal argumento para uma migração ocorrida durante ou após a transição para indo-arianas novas é a perda do antigo sistema de casos e sua redução para caso de apenas duas vias (nominativo e oblíquo). Há ainda o argumento secundário quanto aos gêneros: romanês tem dois (masculino e feminino) e as Línguas Mediais têm três gêneros (mais o neutro), tendo algumas Línguas modernas indo-arianas o sistema antigo. Discute-se que a perda do gênero neutro não ocorreu até a transição para as NIA. A maior parte dos antigos substantivos neutros passou a ser masculina, poucos foram para o feminino. Esse paralelismo entre o desenvolvimento dos gêneros em romani e nas línguas NIA é tido como prova de que os Rom somente deixaram o Subcontinente Indiano mais tarde, por volta do século X.Não há evidências históricas acerca de que povo é ancestral dos Rom, nem do que os fez deslocarem-se do sub-continente Indiano para a Europa, mas há algumas teorias. Algumas influências do grego, do persa, do curdo, do armênio sugerem uma longa permanência na Anatólia antes da entrada na Europa.A invasão mongol no início do século XIII deu início a uma nova migração dos Rom para o oeste. Assim eles se espalharam pela Europa por pontos bem distantes entre si, o que levou a comunidades com formas diferentes da língua, resultando nos múltiplos dialetos romani de hoje.Atualmente o romani é falado por minorias em 42 países europeus. Um projeto da Universidade de Manchester vem transcrevendo pela primeira vez as diversas formas do romani, algumas das quais quase extintas[1] .Os atuais dialetos romani se diferenciam pelo vocabulário, pelas evoluções de fonemas, pelas diferenças gramaticais acumuladas Também há muitos Rom que não mais falam a língua de origem, falando diversas “linguagens de contato” com idiomas locais, as quais adicionam palavras do romani.Uma divisão muito aceita para as diversas formas do romani é aquela que caracteriza dois grupos principais de dialetos: os valáquios (de Vlach) e os não-valáquis. Valáquis são os Rom que ficaram por muitos séculos na Romênia. A maior diferença entre os dois grupos é a quantidade de palavras oriundas da língua romena. Os dialetos valáquis são falados por mais da metade dos falantes do romani. Bernard Gilliath-Smith fez essa distinção e implantou esse termo Vlach em 1915 no livro Relatório sobre as tribos ciganas no noroeste da Bulgária. A seguir outros grupos de dialetos foram reconhecidos em função primeiramente da localização geográfica e do vocabulário. Entre eles temos:

Nas últimas décadas estudiosos trabalharam para categorizar os dialetos romani sob pontos de vista lingüísticos com base em evolução histórica e isoglóssias. Uma significativa parte desses trabalhos foi feita pelo lingüista Norbert Boretzky, de BochumAlemanha, o pioneiro em listar e tabelar as características estruturais dos dialetos romani conforme as áreas geográficas, em mapas. Com isso elaborou junto com Birgit Igla o Atlas dos Dialetos Romani, em 2005, que apresentava informações de isoglossas em mapas. Na Universidade de Manchester foram feitos trabalhos similares pelo lingüista e ativista de direitos romani, Yaron Matras, e seus assessores. Junto com Viktor Elšík (mais tarde naUniversidade Carlos de Praga), Matras compilou o maior e mais completo banco de dados das diversas formas morfossintáticas do romani. Esse banco de dados pode ser vista na página do Manchester Romani Project. Matras (2002, 2005). É apresentada a teoria de classificação geográfica dos dialetos romani com base da difusão das inovações no espaço geográfico. O romani antigo (falado ao tempo do Império Bizantino) se deslocou para a Europa junto como os Rom durante os séculos XIV e XV. Esse grupos foram se estabelecendo e se espalhando nos séculos XVI e XVII, adquirindo fluência nas diversas línguas de contato Com isso vieram as mudanças, que foram se difundindo como que em ondas para criar o quadro de dialetos de hoje.. Conforme Matras houve duas grandes inovações: Uma oriunda da Europa do Oeste (Alemanha e proximidades) que se espalhou para o Leste; Outra, da área valáquia, se espalhou para Oeste e Sul. Somadas a isso houve diversas diaglóssias regionais e locais, aumentando a complexidade dessas “ondas” de limites linguísticos. Matras considera algumas evidências como:


Cartas ciganas
Um oraculo  muito antigo de varios misterios envolvidos sobre ele.
Os ciganos  sao os os grandes interpretes desse maravilhoso oraculo.
Saõ 36  cartas.
Todas tem um significado que leva a grandes misterios e descobertas.


A história do Baralho Cigano Lenormand

A origem do Baralho Cigano Lenormand tem duas versões.

Na primeira delas, este magnífico jogo de cartas estaria relacionado ao Petit Lenormand.

Este baralho composto de 36 cartas foi criado por Anne Marie Adelaide Lenormand, uma francesa nascida na cidade de Alençon, em 1772. Mademoiselle Lenormand ficou famosa pela precisão de suas previsões, atendendo a figuras ilustres da realeza da França.

Numa casa de altos e baixos em Paris, esta mulher jovem, acompanhada de seu gato preto, espalhava sobre a mesa as cartas do seu baralho e previa o futuro de seus nobres consulentes.

Ela atendia figuras da alta sociedade da época e grandes líderes, como Robespierre e o Imperador Napoleão Bonaparte.

Além de cartomante, Mademoiselle Lenormand era astróloga, quiromante, numeróloga e tinha muitos outros conhecimentos como geomancia, dominomancia, cafeomancia.

Ela revolucionou o conhecimento da Cartomancia, na época, utilizando flores, ervas e talismãs junto com seu jogo de cartas.

Com seu desencarne, em 25 de junho de 1843, muita desta sabedoria desapareceu com ela.

Somente cinqüenta anos depois, alguns manuscritos de Lenormand foram recuperados e mais tarde divulgados.

Na segunda versão, o Baralho Cigano Lenormand, teria sido descoberto e propagado por este povo mágico que são os Ciganos.

Através do seu modo singular de vida migrando de um lugar para outro, eles popularizaram seu jogo de cartas com figuras singelas e de fácil entendimento.

Foi desse mesmo modo, que este povo nômade, nos presenteou com a expansão de muitas outras artes advinhatórias, como a Quiromancia, por exemplo, originária da Índia.

Seja qual for a verdadeira origem e a descrição histórica deste baralho, vale lembrar: é fácil notar que a origem da maioria dos oráculos ao qual temos acesso hoje geralmente é deficiente, visto que a humanidade já passou por vários períodos de repressão, tendo assim, perdido muito conhecimento no campo do ocultismo.

Se não fosse a persistência e a coragem de diversos mestres da filosofia esotérica, não poderíamos desfrutar hoje deste e de outros maravilhosos jogos de cartas.

O Baralho Cigano Lenormand é constituído por 36 cartas, numeradas ordinalmente e relacionadas aos 4 naipes que constituem a Cartomancia tradicional.

Estes naipes -Copas, Ouros, Espadas e Paus - correspondem aos 4 elementos alquímicos: água, terra, fogo e ar.

Estes elementos representam respectivamente, a emoção, a matéria, o espírito e a razão.

Com arquétipos de fácil visualização, sua leitura apresenta aparente facilidade.

Por este motivo é visto também, equivocadamente, como um instrumento “pobre”.

Ou seja, não tão rico quanto o Tarot tradicional que a maioria de nós conhece, aquele que apresenta os 22 Arcanos Maiores.

No entanto, a posição das cartas, a comparação entre uma e outra, é que especifica a mensagem do jogo feito com o Baralho Cigano Lenormand.

Este último encanta também pela magia relacionada a ele.

Muitos o jogam cercados de apetrechos como velas coloridas, incensos, frutas e outros objetos.

Mas, existem também aqueles que jogam o mesmo baralho sem nenhum artifício.

Vale lembrar que o mais importante é o jogo propriamente dito e a mensagem contida nele.

O ritual é secundário.

O Baralho Cigano Lenormand, assim como qualquer jogo de cartas, através dos seus arquétipos, envia mensagens que muitas vezes estão bloqueadas em nosso inconsciente.